segunda-feira, 23 de abril de 2012

A vingança de Oriana ao Peixe



Enquanto passeava à beira do rio, recordava memórias daquele lugar... Aproveitei, então, para rever os meus amigos: a Corsa Vitória, o Coelho Vitorino e vejam lá, até vi o Esquilo Manel que costumava andar sempre escondido.
Sessenta metros acima daquela zona, não sei bem porquê, comecei a recordar-me de coisas más. Passado um bocado, cheguei à conclusão que a minha tristeza provinha daquele lugar: era ali que eu  falava com aquele peixe de baixo nível.
Comecei a correr para de lá sair, não queria passar nem mais um segundo ali. Quando já ia a abandonar o local, vocês nem sonham o que eu vi! Vi aquele peixe falso, covarde, e vocês nem imaginam onde ele estava. Tinha saltado outra vez para apanhar uma mosca e estava outra vez prestes a morrer.

O Peixe, quando me viu, disse:

- Oriana, salva-me por favor!

Eu até tinha a varinha na mão e podia salvá-lo, mas disse:

-Ah, agora já queres a minha ajuda, não é !?

 -Sim, por favor!

-Agora vou-te fazer sofrer! Sofrer!

O peixe, já a dar as últimas, implorou:

-Oriana, desculpa por tudo, se me salvares, a minha gratidão vai ser eterna para contigo!

Então, eu lembrei-me de quando ele tinha dito aquilo há uns meses atrás e me tinha traído, por isso, pensei um bocadinho e cheguei a uma conclusão.

-Odeio mentirosos, e ainda mais covardes, por isso, hás de aí morrer asfixiado, óóóhh peixinho!

Momentos depois, acabei por abandonar o local, mas deixei-o morrer por uma boa razão, pois, mais à frente dizia: «Zona de Pesca» e eu achei que mais valia morrer asfixiado do que morrer pescado e acabar na mesa de sei lá eu quem!  
                                                                                     Gonçalo Rodrigues    
 Esta imagem veio daqui.

Sem comentários:

Enviar um comentário